Falei muito sobre o tratamento não medicamentoso da Doença Hepática Gordurosa Metabólica (DHGM) recentemente. Mas além dessa abordagem, temos também medicamentos que podem ser útei.
A DHGM e a Busca por Soluções
A DHGM é uma condição complexa, mas temos à disposição tratamentos promissores que podem melhorar a saúde hepática e a qualidade de vida. Vamos explorar algumas opções:
1. Remestirom (Rezdiffra)
O remestirom é um marco recente no tratamento da DHGM. Aprovado pelo FDA, ele atua ativando um receptor específico no fígado, reduzindo o acúmulo de gordura 1. É um aliado poderoso quando combinado com mudanças no estilo de vida, como dieta saudável e exercícios. Já foi aprovado no FDA, mas ainda não está disponível no Brasil.
2. Tirzepatida
A tirzepatida é uma inovação que combina agonismo duplo nos receptores de GLP-1 e GIP. Ela não apenas controla a glicemia, mas também demonstrou benefícios na saúde hepática. Seu uso pode ser especialmente relevante para pacientes com DHGM e diabetes tipo 2 2. Já foi aprovado no Brasil para tratamento de diabetes tipo 2 e aguardamos sua chegada em nosso mercado em breve!
3. Semaglutida
A semaglutida, um agonista do receptor de GLP-1, tem mostrado resultados impressionantes. Além de melhorar o controle glicêmico, estudos indicam que ela pode reduzir a esteatose hepática e a inflamação 2.
4. Pioglitazona
Originalmente um medicamento antidiabético, a pioglitazona demonstrou benefícios significativos na redução da gordura hepática e na melhoria dos parâmetros metabólicos em pacientes com DHGM. No entanto, esse benefício foi visto somente em pessoas com diabetes tipo 2 4,5.
5. Vitamina E
Antioxidante conhecido, a vitamina E tem sido estudada por seu potencial em reduzir a inflamação hepática e melhorar a esteatose em pacientes com DHGM, especialmente naqueles que não tenham diabetes tipo 2 ou que não possam utilizar os medicamentos acima descritos 5.
Acolhimento e Suporte Contínuo
Compreendo que enfrentar uma condição de saúde pode ser desafiador. Por isso, estou aqui para ouvir, esclarecer dúvidas e oferecer apoio. A DHGM não é uma jornada solitária; estamos juntos nessa busca pelo bem-estar.
Dra. Luana Casari
Especialista em Endocrinologia e Metabologia
CRM 122.397/ RQE 45.065
Referências:
Sociedade Brasileira de Hepatologia. Consenso da Sociedade Brasileira de Hepatologia para Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica. Acesso em 17 de abril de 2024.
FDA aprova 1º tratamento para fibrose hepática por doença gordurosa
Novo guideline para o manejo da doença hepática gordurosa não alcoólica